Guardei o meu silêncio no escuro de minha boca
Sob a língua, bem guardado,
Para que palavras fluíssem de meus dedos.
Escondi minha tristeza atrás das pálpebras
Bem no fundo do olho,
Para que só alegria fosse lida por outros olhos.
Descartei minha solidão como um lenço usado
Na cesta de papéis ao lado,
Para fazer parte da multidão à minha frente.
Neguei minha realidade e nem precisei de três vezes,
Para, num universo paralelo,
Afirmar minha presença virtual.
E teclei...
Escrito por um barco às 20h24
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