Antes do natal, uma brincadeira de
amigo secreto virtual, organizada por Loba, em seu blog
Loba, Corpus et anima, fez com
que alguns blogueiros presenteassem uns aos outros com uma mensagem. Fui
sorteado por Anne, autora do blog
Retalhos da Alma, que me presenteou com o que é mostrado
abaixo:
O poeta segue
só...
Cores, luzes, ventos...
Cheiro de maresia.
Caminhos...
E o
poeta segue só.
Atravessa o mundo
E está
só.
Inquieto.
Chora...lamenta
Pranteia ausências.
Certezas
ilusórias.
Sente dor...
Gritos que ecoam dentro
E fora de
si...
O poeta segue só
Questiona-se entre SER
E não SER...
Entre
o amor
E o desamor...
Vida ilusória.
Atravessa o mundo
E está
só
Com sua alma
Repleta de segredos.
Pobre poeta...
Segue
só...
Por Anne.
Oi meu amigo, eis que com carinho, envio este
poema. Gostei de ter conhecido teu espaço de palavras e sentires.Um bom Natal!
Beijinhos e felicidades.
Entre
o natal e o final do ano, outra brincadeira, dessa vez uma homenagem, pela qual
haveria outro sorteio e outro presente virtual, após um "mergulho" no blog
sorteado. Quem mergulhou em "Um Barco" foi a "Aprendiz" do blog
Aprendiz de
escritora que escreveu o texto abaixo:
Blog Um
barco
Estava navegando nesse mar de blogs quando avistei "Um Barco",
trazia no seu corpo a frase "Navegar não é preciso, é necessário mas não
preciso". Passei uns instantes a refletir sobre tal frase, algumas
interpretações vieram, mas foi só quando agarrei uma corda e subi barco a dentro
que a metáfora começou a se cumprir.
Fiquei escondida, não fiz nenhum
comentário, nem se quer puxei uma conversa com o comandante. Em silêncio
observava toda a movimentação.
No dia dezenove de junho quase aparecia para
poder comemorar o aniversário do Chico Buarque que por ali de vez em quando
aparece, no entanto, achei melhor sozinha cantar o "Olê olá" com o "Pedro
Pedreiro".
Dias se passaram eu permaneci em silêncio, não sentia fome nem
sede, não necessitava de mais nada além das palavras que acostumei a
ouvir.
Imaginei que o dono dali fosse músico, (será?) pois todas as conversas
nos levam a belas canções, a grandes compositores. Já escutei Vinícius, Paulinho
da Viola, Ivan Lins, Edu Lobo, entre tantos outros.
Foi então que certa vez
tive que discordar daquela frase: Para mim navegar é preciso sim. Quase que saio
do meu esconderijo e vou dar ciência de minha discordância, mas não, algo me
segurou. Acho que foi quando ele falou que era um homem urbano mas que tinha
experiência com o "mato". Puxa, que coincidência também nasci no interior, mas
adoro "o burburinho, o 'agito' da cidade grande". Continuei apenas a escuta-lo,
pois sei que muito de minha vida pode ser entendida através deste homem.
O
tempo passando e eu aprendendo com "um barco". Um gosto especial quando ele
fazia suas divagações pelo existencialismo, algo como "Há muitos de mim, dentro
de mim. Apesar disso, muitas vezes me acho pouco, me sinto parco. Isto, quando
consigo me achar, quando não me acho vazio, oco."
No fim de tudo fui
descoberta por uma marinheira que certo dia veio visitar o barco. Puxou-me a
orelha e disse que como agradecimento por tanto tempo vivendo aqui deveria fazer
uma homenagem ao dono. Então comecei a escrever essas humildes linhas, na
esperança que ele continue a aceitar pelo menos minha visita, não mais em
silêncio, agora com direito a uma boa conversa de vez em quando.
Para quem
não veio conhecer "Um Barco" ainda, deixo o meu convite na certeza que irão se
encantar com sua beleza.
Aprendiz
A ambas, Anne e Aprendiz, meu
carinho e reconhecimento pelas visões, de mim e de Um Barco.