Véspera de feriadão. Fuga. Da rotina, do cotidiano, de casa, do trabalho. Partida, mesmo com volta marcada. No meu caso, uma praia, ao sul do Rio de Janeiro, nem tão longe que demore a chegar, nem tão perto que me lembre ainda estar na cidade. Chega a ser um ritual, como uma caravana, uma migração ditada por uma necessidade ou mesmo um hábito arraigado. E pouco importa os engarrafamentos descomunais, o longo tempo de viagem, desconforto. O que importa é ir, sair, fugir, mudar. Quem sabe, eu volte mais dedicado a esse Um Barco meio atracado, meio jogado? Deixo Elis Regina dar o recado musical deste post.
Veleiro (Torquato Neto e Edu Lobo)
Ê,ô, tá na hora e no tempo Vamos lá que esse vento traz Recado de partir
Beira de praia Não faz mal que se deixe Se o caminho da gente vai pro mar
Eu vou, tanta praia deixando Sem saber até quando eu vou Quando eu vou,quando eu vou voltar Ê,ô, vou pra terra distante
Não tem mar que me espante Não tem, não
Anda, vem comigo que é tempo Vem depressa que eu tenho Braço forte e o rumo certo
Aqui o dia está perto E é preciso ir embora Ah! vem comigo nesse veleiro
Tá na hora e no tempo, ê, ô Vamo' embora no vento ê, ô