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04/07/2004

Eu canto o Corpo elétrico

Um comentário de Loba ao meu post "Olhar...substantivo...", uma visita ao seu blog, a leitura do post "Invasão do querer", motivação para um novo post, cujo título poderia ser (e tem tudo a ver com) "Vontade e Desejo". No comentário, ela se define como loba uivando, em sexta-feira de lua cheia e em "Invasão do querer" fala da vontade de amar, vontade de sexo.
O título deste post, do poeta americano Walt Whitman, é bastante conhecido (pelo menos em inglês - I sing the Body electric) e título de um dos poemas de sua obra "Leaves of Grass". Já foi conto de Ray Bradbury e, posteriormente, episódio da série de TV "Além da Imaginação" (The Twilight Zone) em 1962, título de discos do Weather Report (com Wayne Shorter e Jaco Pastorius) e do percussionista brasileiro Dom Um Romão, além de ser o título da música tocada e dançada pelos alunos, em sua formatura, no filme "Fama", o que mostra a força da frase no imaginário americano.
No poema, Walt Whitman glorifica o Corpo, não apenas como objeto sexual, porém em toda sua beleza e funcionalidade.
E é o corpo elétrico que, para mim, define o desejo e me leva a essa digressão sobre vontade e desejo.
Vontade é querer, desejo é necessitar; vontade é predisposição, desejo é iminência; vontade é pensar, desejo é sentir; vontade está no interior, desejo aflora na pele; vontade independe da presença, desejo emerge na proximidade; vontade é contida, desejo é abortado; vontade é o que Loba descreve em "Invasão do querer", desejo é o que Gonzaguinha explicita em "Infinito Desejo".
Longe de mim esgotar o tema. Apenas um breve solilóquio dedicado a Loba, muito mais silencioso que seu uivo.


Escrito por um barco às 22h13
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