Para alguém que quer ser musa...
Li
E nem me dei conta.
De ponta a ponta,
E passei da conta, mas ler eu quis.
E fiz de conta que não era
Hera me penetrando
Passando um amargo, um travo,
Cravo, lembrança
Herança, no coração, na mente.
Mentes, como os poetas, falsa.
Falsamente trazes verdades
E outros "ades", como o trem
Que sobe serra, desce serra
E encerra em si todas as vidas.
Partidas sem destino,
Desatino, poeira ao vento,
Lamento, mais por não querer
Que ter, já que poder é!
Sem fé em mim, até sem jeito,
Pouco afeito às tramas do lirismo,
Mutismo de uma voz sem canção,
Sem criação, mente confusa.
Musa! Me ensine a chegar a ti.
Escrito por um barco às 22h58.
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