Um Barco

domingo, 2 maio 2004

Para alguém que quer ser musa…

Li
E nem me dei conta.
De ponta a ponta,
E passei da conta, mas ler eu quis.
E fiz de conta que não era
Hera me penetrando
Passando um amargo, um travo,
Cravo, lembrança
Herança, no coração, na mente.
Mentes, como os poetas, falsa.
Falsamente trazes verdades
E outros “ades”, como o trem
Que sobe serra, desce serra
E encerra em si todas as vidas.
Partidas sem destino,
Desatino, poeira ao vento,
Lamento, mais por não querer
Que ter, já que poder é!
Sem fé em mim, até sem jeito,
Pouco afeito às tramas do lirismo,
Mutismo de uma voz sem canção,
Sem criação, mente confusa.
Musa! Me ensine a chegar a ti.

Filed under: Poesia — Um Barco @ 10:58 pm

1 comentário »

  1. COMENTÁRIOS ANTIGOS

    [Lírica] [idafonseca.88@gmail.com]
    Que bonito! Afago o meu fim de noite com a tua poesia, com o descobrir (me excedo?) de alguém muito especial e de imensa sensibilidade. Continuarei no “degustar” de coisas de alma, da tua alma. Obrigada.
    26/12/2006 00:25

    [Ana Cláudia] [acpnogueira@uol.com.br]
    A poeticidade me remeteu imediatamente à música “Anabela”, interpretada por Renato Braz. O poema, a música, tem cheiro de mar.
    05/01/2006 23:23

    continuo lendo pq estou gostando do que leio.. vou continuar.
    22/09/2005 20:07

    [Lílian] [lidiadereis@yahoo.com.br] [www.minimas.zip.net]
    Olha o que eu achei aqui!
    22/05/2004 11:22

    [Míriam] [http://migram.blog.uol.com.br]
    Ninguém canta por cantar. O canto é dor sublimada, alegria escancarada, tristeza fantasiada… Cantar é transmutar o coração em pássaro… Voar! Nenhuma canção é qualquer. É a alma transformada em voz, em versos, em notas… Sempre singular. Nenhum rumo se faz por acaso. Nosso peito sabe o norte, conhece os ventos, adivinha as marés. Cantar sempre, seja como for. Cantar.
    03/05/2004 21:22

    [Míriam] [http://migram.blog.uol.com.br]
    E eu que andei ausente daqui. Não me perdôo! Entro e me deparo com todas essas luzes, candeias…E sorrio, querido e doce amigo. Presente. Não comento. Poesia só se sente. Beijo e beijo.
    03/05/2004 21:17

    Comentário by Um Barco — sábado, 11 abril 2009 @ 11:19 am

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