Nem sempre se escolhe o caminho. Quando se
escolhe, nem sempre é o melhor Por mais que pareça, e nunca é
demais Quando muito, é o que é E é tudo que se tem,
opção.
Estradas, Curvas escondidas, retas monótonas,
cotidianas Ladeiras íngremes, descidas velozes, emoções. Trilhos, urbanos
na maioria, Desencontrados e curtos, Estações, momentos, finais de linha,
destino.
Mares, caminhos ondulados Altos e baixos, calmarias e
ondas, Vagas, numa vida vaga Sol e chuva, canto, pranto, cantochão. E
se vaga, navega, E se espera, desespera E se anda, desanda E se
inflama, chama, ama E se chega. Onde?
Mar Grande (Paulinho da Viola e Sérgio
Natureza)
Se navegar no vazio É mesmo o destino do meu
coração Parto pra ser esquecido Navio perdido na imensidão
Lobo do
mar, timoneiro Me leve pro sol, quero outro verão Não quero mar de
marola Das praias da moda na rebentação
Quero mar alto, o mar
grande Por favor não me mande de volta mais não Não quero o cais, outro
porto, Não mais o mar morto da minha ilusão
Prefiro ir à deriva Me
deixe que eu siga em qualquer direção Se eu sou de um rio marinho O mar é
meu ninho, meu leito e meu chão