Um gosto de cajá
Invadiu minha boca
Iluminou minha memória
Acendeu meu coração
Chamuscou minha paz
Com o gosto de cajá
Me vi a pensar em coisas
Além do que esperava
Aquém do que gostaria
Medida inexata do instante
No gosto do cajá
A partir da casca fina e lisa
Passando pela polpa rala
Chegando ao caroço áspero
Viagem ao amarelo presente
Do gosto do cajá
Outros sabores perdidos
Outras texturas e cascas
Outras polpas e caroços
Outros sentidos dormentes
Pelo gosto do cajá
Caminho de mil lembranças
Percorro o tempo vivido
Me reencontro no paladar
Me perco do presente
O gosto de um cajá
Provado na beira de estrada
Sabor persistente
Distante
Dissabor.
Cúmplice querido:
Indiquei o “Um Barco” para o prêmio 5 Estrelas. Dê uma passadinha lá no Meu Porto para pegar o selo e conferir as regras.
Meu beijo de carinho sempre…
Comentário by Míriam Monteiro — domingo, 12 agosto 2007 @ 7:24 pm
Um doce sabor é o prazer do reeencontro e quando este vem até nós através da poesia. Se faz melhor ainda.
Abraços meus.
Comentário by lunna — quinta-feira, 16 agosto 2007 @ 12:03 pm
Olá!!! Esse cajá, sabor perdido e reencontrado, cheiro macio na boca sedenta, me lembra um lugarejo, hoje município da PB, onde as festas populares me deliciavam. Hoje, sei não, parece muito igual a outros lugarejos… Que as lembranças lhe tragam novos sabores de cajá. Abraços.
Comentário by Ceci — quinta-feira, 6 setembro 2007 @ 3:18 am
esta poesia e muito legal tenho 11 anos e me facinei por ela adoro ler,escrever eprincipalmente fazer poesias acho muito facinante mesmo!!!
Comentário by jaciane — terça-feira, 21 junho 2011 @ 7:17 pm
achei legal essa poesia eu ate mesmo fiz um trabalho sobre o caja com esse poema .
Comentário by marcos hudson — terça-feira, 21 junho 2011 @ 8:21 pm
eu tbm fiz um trabalho
Comentário by jaciane — terça-feira, 21 junho 2011 @ 9:35 pm