Domingo, 04/09/2005

Tempo Sorridente

"...viva o tempo sorridente que me abraça...". Fiquei com esse verso do Gonzaguinha na cabeça, ao pensar no post que termino de escrever agora. Ele sintetiza meu estado de espírito. Uma porção de paz, uma pitada de alegria, um pouco de harmonia interior, sossego, domingo sem programa definido, enfim, ingredientes ideais para sentir-se abraçado por um tempo que sorri, ao passar, independente da velocidade.

Um sol morno, dia bonito, passeio pelo Aterro do Flamengo, vendo aquela gente toda caminhando, brincando, útil paisagem, carioca por excelência, do Pão de Açúcar, ali pertinho, o Corcovado, pouco mais distante, o mar, tudo visível, tudo pronto para ser colhido pelos olhos e aceito pelas mãos, como uma fruta que se oferece numa árvore, em galhos baixos, à beira de uma estrada.

Volta do Aterro, piscina do condomínio, amigos, alguma latas de cerveja, estupidamente geladas, como exige a etiqueta dos bebedores desse precioso líquido de verão, um pouco de queijo minas com orégano e azeite, mais cerveja, papos, solução para todos os problemas do Brasil, crianças brincando, vozes infantis, amigos chegando, sauna, horas escoando ao longo de um domingo preguiçoso, como a vida deveria ser. E a continuação do verso que abre este post "...viva o copo de aguardente que me abrasa....", devidamente revisto para o copo de cerveja gelada que me refresca.

Volta à casa, banho morno ou gelado, tanto faz, almoço, cochilo ou siesta, escolham o nome, jogo de futebol pela televisão (nem sou tão fanático assim), vitória folgada e classificação antecipada da seleção do Brasil para a copa de 2006.

Noite de domingo, pensando na semana que será interrrompida por um feriado de 7 de setembro na quarta-feira, quebra de rotina, arrumando a cabeça e as coisas de trabalho para a segunda feira que virá.

Nada muito raro, nada muito difícil, entretanto, nem sempre perceptível ou desfrutável. É necessário uma combinação de fatores, que não se encontram presentes ao mesmo tempo, para que o óbvio se revele e o tempo sorria assim.


Escrito por Um Barco às 21h21


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